sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Esterilizar?

Dada a polémica instalada num recente programa de televisão, decidi re-editar a minha opinião sobre o assunto:

Deixar fluir a natureza talvez fosse o ideal, mas nós interferimos há muito…

A partir do momento em que colocámos animais a fazer-nos companhia, alterámos as regras. Quero com isto dizer que os tornámos dependentes de nós e nós também cada vez mais deles. 

Com a domesticação ao longo de milhares de anos fomos “abafando” comportamentos de sobrevivência em particular no cão, mas também em muitas raças de gatos que diminuíram em muito, por exemplo, as suas capacidades predatórias.

O risco de termos animais de companhia abandonados (com a nova legislação, pelos vistos, é maior…) ainda por cima não esterilizados é uma bomba relógio, pois o potencial de multiplicação desajustado aos recursos e competências de sobrevivência é enorme!

Por outro lado, o simples facto de tomarmos conhecimento sobre as suas reais necessidades, ao mesmo tempo que descobrimos mais sobre o que melhora a sua vida, confere-nos maior responsabilidade.

É sabido, por exemplo, que a esterilização prolonga a vida (previne muitas doenças e comportamentos de risco), mas também contribui para o bem-estar do animal de companhia que vivendo, muitas vezes apenas connosco, sem possibilidade de expressar por completo o seu comportamento sexual, pode desenvolver ansiedade e até tornar-se agressivo.

Convém também equacionarmos se, vivendo já grande parte das mascotes em apartamento bem junto a nós, estaremos preparados para comportamentos de manifestação de cio (por parte de fêmeas não esterilizadas) ou resposta a este (por parte de machos não castrados), como sejam vocalizações mais exuberantes, marcação territorial, perdas de fluidos sanguinolentos, etc ?
Não me parece que a resposta seja consensual, pelo menos por parte de todos os inquilinos do prédio…


Ah, e não pensemos que os animais esterilizados ficam tristes, ou com algum problema comportamental por não deixarem descendência. Eles apenas respondem à sua atividade hormonal, não fazendo esse tipo de conjeturas. Há apenas alguns casos, em que a esterilização pode não ser de imediato recomendada (importante fazer consulta pré cirúrgica com médico veterinário).

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Animal de companhia na família, vantagens


São já muitos os estudos que nos referem benefícios resultantes do convívio com animais de companhia.Temos o privilégio de os percecionar diariamente na nossa atividade e nunca é demais enumerá-los: 

-Ajuda no desenvolvimento mais responsável e feliz das crianças;
-Combate à solidão, em particular nos mais idosos;
-Promoção de um estilo de vida mais saudável, em especial para quem vive em apartamento.“Obriga-nos” a mais saídas e contacto com a natureza, assim como mais exercício;
-Mais momentos de relaxamento e abstração dos problemas do dia a dia. Há sempre quem nos receba feliz no regresso a casa;
-Promotor de interação social. Quem resiste a um sorriso e até interagir, quando presencia brincadeiras, ou se cruza com aquela mascote bem disposta e comunicativa?;
Mais poderia referir, mas o importante é mesmo a relação de amor que se estabelece e fortalece os laços familiares.
Nos dias que correm, em que o mundo virtual vai tomando conta das relações entre as pessoas, o animal de companhia pode ser o elo de ligação aos afetos e trazer-nos de volta o calor das verdadeiras amizades.

Não deixo, no entanto, de referir que para que tudo isto funcione é necessário termos a noção que ter um animal de companhia não é uma coisa que possamos descartar mais tarde. Convém ter presente que vai exigir de nós tempo, espaço, disponibilidades financeiras, tolerância, sacrifícios, e sobretudo muita dedicação. 

Como estamos a chegar ao Natal e sabemos que esta altura é por natureza propícia à realização de sonhos, apenas peço que se ponderem todos os prós e contras, se o desejo for um animal de companhia…
Já agora e não me canso de o referir, informe-se sobre a espécie e, se for o caso, também a raça, onde será melhor adquirir (criador? centros de acolhimento/recolha?, etc), cuidados médico veterinários, obrigatoriedades legais, onde deixar quando sair (férias, situação de ausência por doença ou outros motivos), etc. 

Se tudo se conjugar, que venha de lá essa mascote cheia de saúde e que as alegrias sejam muitas!

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Registo de animais de companhia…Dúvidas?


Desde que têm vindo a público notícias sobre o que mudou a partir de 25 de outubro de 2019 no que respeita à identificação e registo dos animais de companhia, que a confusão é muita!

Para ajudar a esclarecer aqui fica um contributo:

-Todos os animais que já estavam identificados com microchip apenas tiveram uma passagem administrativa do seu registo para a nova base de dados que se designa por SIAC (Sistema de Informação de Animais de Companhia);

-Cães nascidos antes de 1 de julho de 2008 e que não eram obrigados a ter microchip, o prazo para a colocação deste é de 1 ano a partir de 25/10/2019;

-Gatos e furões nascidos antes de 25/10/2019 o prazo para aplicação do microchip é de 3 anos a partir da data acima referida;

-Animais com microchip, que por alguma falha de conclusão do processo, não se encontram registados, ou não aparecem na nova plataforma SIAC, o prazo máximo para fazer o registo é de 1 ano (a partir de 25/10/2019) sendo que num ato médico veterinário obrigatório como por exemplo uma vacinação antirrábica, tal registo é imperativo e deve ser feito de imediato;

-Cães, gatos e furões nascidos depois de 25/10/2019, têm de ser identificados com microchip (e obviamente registados) até aos 4 meses de idade;

-Deixa de ser necessário o registo dos animais de companhia nas juntas de freguesia (exceto cães perigosos ou potencialmente perigosos); 

-O custo do registo para o tutor/proprietário não são 2,5€, como tem aparecido em muita comunicação social. Tal custo é apenas uma pequena parcela do valor total (que é variável), representando unicamente o valor que a plataforma SIAC cobra ao médico veterinário pelo “alojamento” da informação relativa a cada animal de companhia.
 Já agora, não existe registo no SIAC sem a aplicação de microchip por um médico veterinário (custo do equipamento e honorários têm de ser contabilizados, como até aqui sempre foram). 
Qualquer registo isolado (quando já tinha microchip mas, por falhas, não estava registado) obviamente que também tem de contar com os custos operacionais (recursos humanos diferenciados, acesso ao SIAC e custo do alojamento da informação).

Na dúvida recomendo visita ao médico veterinário e já agora, dizer que não se sabe, não pode ser desculpa, pois as multas podem ser pesadas… 

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Comportamento animal. Pedidos de ajuda a aumentar!


Começamos por sonhar com a mascote que nos irá acompanhar…
Já sabemos que precisa de vacinas, desparasitação, boa alimentação, etc, mas continuamos a descurar aspetos fundamentais para o seu desenvolvimento equilibrado e saudável. 
Muitas vezes, apenas ponderamos alguma disponibilidade financeira e um pouco de espaço para, finalmente, irmos buscar aquela bolinha de pelo tão desejada!

Será que é a espécie que melhor se adequa a nós?

Ou a raça mais equilibrada para as nossas rotinas e feitio?

Ou ainda, será que temos informação suficiente para cuidar devidamente, nomeadamente no que toca ao comportamento animal?

São cada vez mais os pedidos de ajuda na área da medicina comportamental. Muitos casos começam por ser engraçados para os tutores mas com o passar do tempo vão evoluindo para verdadeiros problemas. 
Um exemplo é a ansiedade por separação em cães, com queixas dos vizinhos e até idas da polícia a casa. Outra situação é a escalada dos sinais de agressividade até ao ataque com mordida! Ou ainda a intolerância a outros animais, carros, pessoas a correr, etc o que dificulta passeios e toda uma vida social que gostaríamos usufruir com a mascote bem comportada. 
Vão surgindo novos problemas de comportamento, à medida que as relações com humanos se vão estreitando. A antropomorfização da mascote que vive connosco é quase inevitável. Assim, transpor para ela necessidades que são nossas ou, pelo contrário, não conhecer o seu etograma (padrão de comportamentos característicos de cada espécie), influenciam negativamente o seu bem-estar.
É cada vez mais importante termos o máximo de informação acerca da espécie, raça, ou simplesmente da proveniência e início de vida do animal de companhia a eleger. Depois, na chegada a casa (idealmente por volta dos 2 meses de idade) até somos parecidos: há que ir à escola… aproveitando o período “esponja” de aprendizagem nesta fase de  socialização e frequentar Puppy Classes para os cachorros e Kitten Classes para os gatinhos. 
Seguidamente, um treino de obediência básico em todos os cães é importantíssimo.

Insisto numa boa educação e treino durante toda a vida, de modo a manter o bem - estar de todos.

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Medicina veterinária, novas possibilidades…


Com o aumento do respeito, consideração e sobretudo do amor pelos animais, aliados a uma investigação cada vez mais audaciosa com rápidos avanços da ciência, temos vindo a ultrapassar dificuldades, quebrando barreiras até há pouco intransponíveis. 

Hoje em dia temos ao dispor amplas ferramentas preventivas, meios de diagnóstico avançados, técnicas de tratamento médico cirúrgicas de ponta, novos medicamentos (desde os clássicos melhorados e adaptados à medicina veterinária, até aos mais “futuristas” como sejam as múltiplas abordagens com células estaminais, imunoterapias, etc), ou mesmo já a integração das diversas medicinas complementares (acupuntura, implantes de ouro, ozonoterapia, …) com a medicina convencional. Tudo isto associado à partilha da informação, rapidez e capacidade de circulação da mesma, assim como de produtos, sejam eles equipamentos ou medicamentos, faz com que se resolvam ou controlem cada vez mais patologias em praticamente qualquer ponto do planeta. 

Enfim, é a globalização também ao serviço da medicina veterinária. 

Concretizo com um exemplo onde a tenacidade do tutor foi fulcral para pôr em prática o que escrevi. 
Sucintamente, um gato muito especial sofreu um traumatismo, ficando incapacitado de urinar normalmente mesmo após esgotar todas as possibilidades tidas como viáveis envolvendo cirurgia, internamento prolongado com vários procedimentos de tentativas de recuperação da função de urinar autonomamente. O seu inexcedível e excecional tutor nunca desistiu dele, incentivando a equipa médica a ir “até ao fim do mundo” na tentativa de resolver definitivamente a obstrução da uretra por severa estenose (estreitamento). 

Assim, não medindo esforços, realizamos uma rara intervenção a nível mundial em animais de companhia, nomeadamente em gatos, com  a aplicação de um stent uretral (prótese de alargamento da uretra) que atravessou o oceano Atlântico, desde os USA até HVV Hospital Veterinário de Viseu, onde finalmente o nosso gatinho beneficiou de toda esta modernidade que só assim faz sentido!

terça-feira, 1 de outubro de 2019

Animal de companhia e comportamentos…


O desejo de ter um animal de companhia é ancestral.
O Homem evolui associado ao cão e mais tarde ao gato (animais de companhia mais representativos) criando mesmo vínculos com estes.  Há muitas teorias sobre este assunto (animais funcionam como objeto de apego como sugere Bowlby; representam objeto de transição segundo Winnicott; são parceiros na organização social dos sistemas biológicos como refere Faraco; etc). 
Esta relação cada vez mais estreita e pejada de projeções de parte a parte, pode evoluir de forma indesejada. Existem estudos que relacionam o aparecimento de problemas comportamentais com a inconsistência e desadequação de atitudes dos tutores, face ao temperamento e comportamentos exibidos pelas mascotes. 
É fundamental que se conheçam as particularidades da espécie, raça, ou indivíduo que se pretende introduzir no lar. Ter um animal como companhia é ter mais um ser vivo junto a sí que vai interagir, exigir cuidados a vários níveis, nomeadamente tempo para lhe dedicar em múltiplas tarefas, sejam elas obrigações menos agradáveis, ou tão simplesmente um passeio pelo parque. 
Numa altura em que se fala tanto do animal de companhia, é inevitável a pressão de legitimação de finalmente o adquirir. É de facto uma alegria trazendo muitos benefícios, mas também uma fonte de preocupações.
No dia a dia de clínica deparo-me com situações, por vezes bastante complicadas quer por alterações comportamentais graves, quer por doença física que era impensável… 

É preciso acautelar cuidados básicos de medicina preventiva incluindo a educação e treino, não esquecendo ainda de ter pensado onde deixar, ou quem vai cuidar do nosso patudo quando formos de férias, ou tão simplesmente, quando não estivermos presentes…

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Puppy Classes - O que são? Para que servem?


Com a abertura do ano letivo, olhamos com mais atenção para a educação e seu impacto no bom funcionamento da atual sociedade, que conta com vários intervenientes entre eles o fiel amigo cão.
Viver dentro de casa com o nosso cão, partilhando as nossas rotinas e criando as suas, deixou de ser tabu. Hoje em dia saímos com o cão ao parque e de férias (ou optamos por deixá-lo em hotel canino, onde é bom que seja pelo menos sociável…), levamo-lo à escola a buscar os filhos (seus inseparáveis companheiros de muitas brincadeiras) e até já o levamos a alguns cafés e restaurantes. Vivemos em apartamentos com ele, onde naturalmente nos cruzamos com vizinhos bípedes e não só…
Saber estar connosco e bem comportar-se em sociedade é fundamental para todos, em particular para o cão.
Será que sabemos exatamente qual o melhor método de aprendizagem e qual a melhor altura para iniciar de forma consistente a educação do cão?
É natural que surjam dúvidas e não basta saber que o método de aprendizagem atualmente aceite se baseia no reforço positivo, assim como não chega ter a noção que é desde cedo que se ensina a nossa mascote. É assim determinante para o desenvolvimento de um cão adulto equilibrado que se inicie o processo educativo assim que ele chega ao lar, ou seja, por volta das 8 a 10 semanas de idade. A fase sensível de desenvolvimento em que se encontra, período de socialização, é riquíssima em capacidade de aprendizagem marcante para o futuro caráter do cão. 
Neste contexto e para ajudar os tutores surgiram as Puppy Classes, que não são mais do que turmas para cachorros e seus tutores onde se ensinam princípios fundamentais sobre o comportamento do cão, enquanto se dão as primeiras indicações em treino e se trabalha adequadamente a socialização.
Os benefícios destas aulas estão cientificamente descritos e comprovados, sendo atualmente consideradas importantíssimas para o bom desenvolvimento do cachorro, diria mesmo que fazem parte dos cuidados básicos de medicina preventiva.

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Animais dentro de casa e na rua… que cuidados?

São mesmo muitos os animais de companhia que coabitam connosco em Portugal, estimam-se em 6,3 milhões! 
Quer se goste ou não é uma realidade que temos de encarar e procurar viver todos em harmonia.
Do lado de quem gosta, é muito importante proporcionar condições de vida digna (cuidados de saúde e bem-estar) à mascote que elegeu como companheira, assim como respeitar quem optou por não ter animais de companhia (os motivos podem ser muitos, que não forçosamente não gostar de animais). 
Dadas as atuas exigências legais e morais (não esquecer que se evoluiu muito, ao ponto de sabermos que o cão e o gato —animais de companhia mais representativos— são seres sencientes e por conseguinte capazes de sentir sentimentos e sensações) é de esperar que o tutor/cuidador de hoje seja muito mais atento ao bem-estar animal, preocupando-se, para além dos cuidados de saúde básicos (desparasitação, vacinação, nutrição,…), também com a esterilização, educação, treino, enriquecimento ambiental de acordo com as características da espécie eleita.
Acontece que estes cuidados vêm de encontro a uma coabitação mais saudável e feliz no lar, no prédio, na rua, enfim, na sociedade… De todos os cuidados expostos, a esterilização ou castração é talvez aquele gera mais dúvidas. Para além de estar provado que esta condição prolonga a vida das mascotes, é importante também como meio de favorecer uma previsibilidade comportamental, que não estará dependente da libido de cada um, diminuindo ou evitando marcações de território, vocalizações muito frequentes em épocas de cio, ansiedade e até agressividade. 

No caso de ter escolhido o cão como companheiro, não se esqueça da importância deste vir à rua desde cedo, de modo a socializar e ficar bem integrado na comunidade. Seja esmerado nos cuidados com a limpeza dos dejetos e não se esqueça de fazer uma boa associação à trela e açaimo (em particular se tiver um cão de raça perigosa ou potencialmente perigosa). Assim será mais fácil sermos todos bem aceites (animais de companhia e nós que gostamos e os podemos ter) por aqueles que não gostam, mas não maltratam, ou que simplesmente não podem ter a companhia destes maravilhosos seres!

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Ter um animal de companhia exige muito mais do que as obrigações legais…

Vem de há muito, a relação entre o Homem e o animal de companhia. 
Têm surgido cada vez mais estudos que colocam, atualmente, esta relação no patamar dos afetos, provando que os animais de companhia nos trazem benefícios fisiológicos, psicológicos e sociais, ajudando-nos a ser mais felizes e a ter mais saúde. Tal conhecimento implica da nossa parte maior responsabilidade  e vontade de os cuidar cada vez melhor.
Assim, para além das obrigações legais básicas dentro de Portugal e que são, atualmente, microchip nos cães e gatos e vacina da raiva em cães, com registo em boletim oficial da OMV ou em passaporte, temos o dever de proporcionar às nossas mascotes cuidados de saúde muito mais abrangentes!
Idealmente deveríamos preparar a chegada do novo elemento da família, sim, porque hoje em dia é maioritariamente esse o lugar que ocupam os animais de companhia. 
Considero muito importante começarmos por avaliar se temos condições económicas e tempo para dedicar ao novo elemento do lar. 
Depois, saber sobre as particularidades da espécie que pretendemos, ou que melhor se adequa ao nosso perfil, para irmos de encontro às condições de ambiente, rotinas e cuidados específicos que precisa.

De seguida, quando já temos o nosso eleito, a aposta na medicina preventiva será a decisão mais acertada. A importância de uma nutrição adequada (recomendo alimento processado, vulgarmente designado por “ração” e que seja de qualidade superior), planos de vacinação e desparasitação o mais completos possível, enriquecimento ambiental de acordo com a mascote selecionada, educação e treino, para além de cuidados de grooming e de higiene oral, entre outros, são pilares fundamentais para quem realmente se preocupa não só com o bem-estar da mascote, mas também de toda a família e comunidade.  

quinta-feira, 18 de julho de 2019

Alerta obesidade!



Sabia que a obesidade está entre as doenças que mais afetam os nossos animais de companhia, nomeadamente o cão?

Investigação recente coloca a obesidade, as doenças dentárias e a osteoartrite como as três patologias que mais tempo duram e abalam o bem-estar dos cães
Esses estudos, realizados por investigadores do Royal Veterinary College, das Universidades de Cambridge e de Leeds, estão também de acordo com a casuística mais prevalente do Grupo HVV nos últimos 5 anos.

São cada vez mais os casos de excesso de peso e obesidade que nos surgem em Viseu, Seia e Oliveira de Frades, sendo frequente aparecerem-nos à consulta mascotes com as 3 doenças em simultâneo referidas naqueles estudos.

Dentição em mau estado, nomeadamente com presença de tártaro, pressupõe muitas vezes uma má alimentação, para além da falta de cuidados específicos de higiene oral. Por sua vez uma alimentação errada, como aquela à base da nossa comida ou com alimento comercial de baixa qualidade (excesso de gordura), promove também a obesidade que irá conduzir a, ou agravar, outras patologias tais como osteoartrite, doença cardíaca, diabetes, dermatites, etc.

É alarmante esta situação, cabendo-nos o papel de sensibilizar a população para saber qual a condição corporal do seu animal de companhia, de modo a aferir se tem excesso de peso. 
Mais do que os números da balança, é importante saber avaliar entre outros parâmetros, se a mascote tem cintura e se ao inspirar lhe conseguimos perceber as costelas. Se tal não acontecer estaremos no mínimo em presença de excesso de peso! Então o que fazer?
O ideal é deslocar-se ao veterinário para uma correta avaliação do estado de saúde do seu animal de companhia e se necessário iniciar um programa de perda de peso devidamente acompanhado, onde a componente do exercício físico também deverá ser equacionada. Cuidado com os cortes na dieta habitual, pois a privação indiscriminada de alimento pode originar outras doenças. 

Por curiosidade, sabia que 500g a mais num gato equivalem a 10kg a mais num homem? 

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Nutrição, o segredo está no início

Sabe-se que as preferências alimentares de cães e gatos não são inatas. Estudos demonstram que o comportamento alimentar destas mascotes está fortemente condicionado pelas primeiras experiências nutricionais em contexto de influências sociais. 

Assim, gatos e cães irão aprender por imitação da mãe a ponto de quererem comer no comedouro desta. O mesmo acontecerá se forem colocados junto a nós, ou seja, a tendência será quererem da nossa comida o que obviamente é errado.

É muito importante que a progenitora se alimente do mesmo alimento que virá a constituir a dieta na primeira fase de desenvolvimento dos filhotes, ou seja, deverá fazer um alimento júnior de elevada qualidade. 

Este alimento deverá ser iniciado ainda durante a gestação de modo a suprir a exigência nutricional a que a gestante está sujeita e para que, no pós parto, possa produzir colostro e leite de elevada qualidade e com a palatibilidade desejada, de modo a condicionar positivamente a transição dos filhotes do desmame para o alimento comercial júnior em uso.

A primeira apresentação de alimento à mascote é determinante, pois sabe-se que o passado nutricional de cada um desempenha um papel fundamental sobre as futuras preferências alimentares, que tenderão para as primeiras memórias.

Todos conhecemos uma ou mais histórias de mascotes com alterações gastrointestinais mais ou menos graves provocadas pela ingestão de “não alimentos” para a sua espécie… Se pensarmos que para além da satisfação de fazermos uma dieta adequada à mascote, também a estamos a proteger contra considerar como alimento outras coisas que não a dieta recomendada (alimento comercial premium, vulgarmente designado por ração premium), será muito mais consistente o esforço em não diversificarmos a dieta do nosso animal de companhia e não, ele não enjoa se a “ração” é boa…

terça-feira, 25 de junho de 2019

Novo e oficial boletim sanitário de cães e gatos

Dúvidas?

. Entrou oficialmente em vigor (depois de alguns atrasos) no dia 6/05/2019 e é obrigatoriamente emitido sempre que se inicie um plano vacinal num animal de companhia ainda sem boletim sanitário ou caderneta, ou com boletim antigo  (cadernetas fornecidas pelos laboratórios de vacinas) emitido depois de dia 6/5/2019, ou se esgotem os espaços no boletim ou caderneta antiga da mascote. No entanto a partir de 31/12/2021 todas as antigas cadernetas, ainda existentes, terão de ser obrigatoriamente substituídas.

. Não substitui o passaporte. O novo boletim sanitário, tal como o anterior, só é válido em território nacional.

. É de exclusiva aquisição e utilização do médico veterinário. 
Estes boletins são comprados apenas pelos médicos veterinários à OMV (Ordem dos Médicos Veterinários) e produzidos em exclusivo pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda. Deixam assim de circular os anteriormente oferecidos pelos laboratórios sobre os quais não havia controlo, indo parar também a usurpadores de funções que se faziam passar por profissionais do setor, pondo em risco a saúde animal.


Fica o tutor/detentor a saber, com toda a confiança, que com este novo boletim a sua mascote está em boas mãos!

terça-feira, 11 de junho de 2019

Alerta! Parasitas estão a aumentar…



O Conselho de Parasitologia em Animais de Companhia dos EUA  (estuda as doenças parasitárias em animais incluindo humanos), refere que as alterações climáticas, em especial o aumento da temperatura global no planeta, estão a levar ao crescimento de doenças parasitárias.

Já vários estudos previam o aumento de doenças parasitárias transmitidas por vetores, como os mosquitos, e indicavam que as carraças ampliassem a sua zona de ação e que até aumentassem a sua prevalência…
O que é certo é que na nossa região de ação (Viseu, Seia e Oliveira de Frades), de há cerca de 4 a 5 anos para cá, temos tido carraças todo o ano (antes chegavam a desaparecer no inverno) e os restantes parasitas (pulgas, piolhos, mosquitos, …) também aumentaram (constatação feita quer pela evidência dos mesmos na mascote, quer pelo aumento das doenças que transmitem, nomeadamente leishmaniose, babesiose, ehrlichiose, …). 

A tornar ainda mais premente uma resposta eficaz, temos o aumento de protagonismo do animal de companhia. O facto do seu vínculo ao Homem estar a crescer, ao ponto de fazerem parte de um grande número de famílias, dando mesmo origem ao conceito de “família multiespécie”, faz com que a aposta na prevenção seja cada vez maior.

Assim, para além de outros cuidados, é muito importante que os nossos animais de companhia cumpram um excelente protocolo de desparasitação. Este deverá ser ajustado ao risco de exposição, suscetibilidade e facilidade cumprimento de cada indivíduo, sendo por vezes necessário recorrer a associação de produtos para melhor proteção.

Felizmente a investigação acompanha estes fenómenos.
Temos assistido, em particular nos últimos anos, ao lançamento regular de novos produtos cada vez mais completos, fáceis de aplicar ou administrar, eficazes, e muito seguros!

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Porquê socializar bem o meu cão?

O cão é por natureza um animal de companhia. É suposto que saiba viver em sociedade de modo a ser um adulto equilibrado.

É fundamental que desde cedo, por volta das 3 a 5 semanas, comece a ter contacto regular com o ser humano e outros animais e depois, quando chega a casa do tutor por volta das 8 a 12 semanas, seja submetido a programas de socialização de modo a aproveitar o mais possível o período crítico do seu desenvolvimento ontológico, conhecido como fase da socialização. Este é um período de excelência em que o cachorro se encontra muito disponível para absorver, de forma natural, todas as experiências a que for exposto de forma positiva e agradável.

Atenção que o período da socialização é determinante tanto para bem, como para mal! 

Tal como acontece com as boas experiências, se o cachorro passar por maus momentos é muito provável que os marque para a vida:
- Quem não conhece ou conheceu um cão que não gosta de determinado tipo de pessoas (crianças, pessoas com bengalas, guarda chuvas, etc) ou tem muito medo em determinadas situações (dias festivos com foguetes, trovoadas, etc) e não percebe porquê? Muito provavelmente em pequenino sofreu algum trauma relacionado…

O medo é porventura o pior sinal comportamental que a nossa mascote pode evidenciar, pois conduz a ansiedade, stress excessivo, depressão, podendo mesmo levar à agressividade e até à somatização com apresentação de doenças tais como dermatites, cistites, gastrites, hipertensão, etc. 

Existem já aulas de socialização, comprovadas por diversos estudos, que fazem um trabalho muito benéfico para cachorros e tutores. Estas aulas têm a designação científica de Puppy Classes e devem ser frequentadas por cachorros entre as 8 e as 14 a 16 semanas de idade dependendo do porte/desenvolvimento da mascote.

Para aqueles que já ultrapassaram a idade de uma Puppy Class, existem as Junior Classes e os treinos direcionados a estimular a socialização e/ou a reverter algum transtorno comportamental (importante passar por uma consulta de comportamento animal).


A reter que a socialização deve ser reforçada durante toda a vida do cão! 

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Comportamento do cão


O que fazer quando o meu cão se torna agressivo na minha presença?

Não são poucas as vezes em que nos deparamos com o nosso cão a mostrar sinais de agressividade (ladrar intensamente, rosnar e até tentar morder) a quem se aproxima, seja a outros cães ou a pessoas, principalmente quando está junto a nós. 

O cão tende a proteger os recursos que considera importantes. O seu território, o alimento, o local preferido de descanso, um brinquedo, o seu tutor, … podem ser recursos valiosíssimos! 

Consoante o temperamento do nosso cão (mais confiante ou mais submisso—também denominado apaziguador) podemos ter manifestações mais ou menos preocupantes. Se ele é muito confiante devemos evitar entrar em choque, podendo a castração levar a uma atenuação da agressividade ou mesmo eliminá-la. 
É também um erro clássico, na presença de conflito entre cães, repreendermos o agressor afagando o agredido… Tal atitude só vai escalar a agressividade não permitindo que a paz seja alcançada pelo estabelecimento duma hierarquia estável. Se os cães tiverem oportunidade de manifestar o seu padrão de comportamentos ritualizados de dominância e submissão perante o recurso que despoletou o conflito, por norma resolvem-no na perfeição. Tanto mais rápido e sem consequências de maior tal acontecerá, se formos nós o recurso disputado e nos afastarmos.
No caso de agressividade dirigida a pessoas, que muitas vezes entram em pânico exibindo atitudes percecionadas pelo cão como desafiantes reforçando ainda mais a sua ação agonista, devemos segurar bem o cão, sem o repreender, acalmar o potencial agredido dizendo-lhe que ignore e não olhe o cão nos olhos nem comece a correr. Não esquecer o uso de açaimo que pode facilmente ser bem tolerado se associado a passeios e biscoitos próprios para mais intenso reforço positivo!

Existem ainda muitas outras estratégias… O ideal será consultar o veterinário mais ligado ao comportamento animal que, desde o aconselhamento ou não da castração; à alteração de rotinas e atitudes nossas; à instituição de uma alimentação/suplementação ou até mesmo medicação; assim como recurso a treinos específicos, fará a melhor abordagem ao problema.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Higiene oral na mascote, teste os seus conhecimentos…

-Acha que as alterações dentárias fazem parte do processo de envelhecimento, não requerendo cuidados?  
-O mau hálito é normal?
-Engolir o alimento seco  sem trincar é normal?
-Uma endocardite, ou uma infeção renal pode ter como causa alterações na cavidade oral?
-As mascotes devem ter cuidados de higiene oral, mas só quando nascem os dentes definitivos?
Mais perguntas poderia colocar, pois continuamos a detetar muito desconhecimento nesta área (estima-se que cerca de 80% dos cães e 70% dos gatos com mais de 3 anos, tenham sintomatologia de doença da cavidade oral).
É certo que com a idade a dentição vai sofrendo desgaste e diversas agressões (alimentação inadequada, roer objetos impróprios, …) mas “deixar andar assim” não é solução. Existem cuidados específicos que podemos instituir e que vão contribuir para uma melhor saúde oral.

Sinais de alarme a que devemos estar atentos e que não são de modo algum normais:
-Mau hálito;
-Alterações na cor dentária;
-Tártaro;
-Gengivite (gengivas muito vermelhas, proliferativas ou sangrentas);
-Dirigir-se ao alimento e recusar comer com hipersalivação muitas vezes associada, ou engolir o alimento sem uma única “trincadela”;
-Dentes de leite retidos, má oclusão ou perda de peças dentárias que não as de leite;
É de tal modo importante que vigiemos a cavidade oral das mascotes, que podemos inclusive ter doenças noutros órgãos tais como coração e rins, cuja causa está numa “boca doente” muitas vezes já com doença periodontal!

A prevenção é importantíssima e passa por habituar desde cedo, assim que surgem os dentes de leite, a manusear a cavidade oral com procedimentos de escovagem que mais tarde, na dentição definitiva, poderão ser decisivos para uma boa higiene oral. Devemos apresentar alimento seco pois o atrito da mastigação ajuda, através da ação mecânica, a manter uma boca sã assim como contribuem também snacks e brinquedos específicos para este fim. Existem ainda pastas dentífricas, para as mascotes, com ação enzimática que promove uma escovagem mais eficaz. 
Não esquecer de ir ao veterinário com regularidade que, para além de outros cuidados, na presença de tártaro fará uma destartarização, devolvendo à mascote a saúde oral que tanto merece.


segunda-feira, 1 de abril de 2019

10 Conselhos para ir à rua com o seu cão

Certifique-se que tem as vacinas e desparasitações em dia e faça-se acompanhar do boletim sanitário da sua mascote;

Use sempre trela curta e açaimo, este último caso saiba que o seu cão pode morder, ou seja de raça perigosa ou potencialmente perigosa;

Leve sacos para apanhar eventuais dejetos do seu cão e para oferecer a quem se tenha esquecido…;

Evite sair nas alturas mais quentes do dia e não circule por cima de pavimentos sobreaquecidos;

Se optar por sair à noite, prefira peitorais e trelas com aplicações refletoras;

Eleja trajetos com pontos de água potável ou leve-a para ir hidratando e refrescando a sua mascote;

Mesmo estando junto a si, esteja sempre atento ao que o rodeia. Restos de comida, sinalética a indicar perigo por aplicação recente de produtos tóxicos, outros animais que podem representar perigo—ex: lagartas dos pinheiros ou cães agressivos —, etc, podem causar lesões graves ao seu cão!

Se a condição física do seu cão permitir, faça passeios com alguma duração (mínimo 20 minutos), de modo a satisfazer o gasto de energia que ele precisa, em particular se vive confinado (apartamento ou vivenda sem acesso a jardim);

Quando em passeio evite dar puxões na trela sempre que o quiser contrariar. É preferível parar e manter a trela tensa, sem puxar, redirecionando a atenção da mascote. Como sugestão, leve algo escondido que o seu cão goste (biscoito de recompensa, brinquedo) e apresente-lhe a “surpresa” quando precisar de cativar a sua atenção;

10º Por último, que poderia bem vir em primeiro, insista em programas/aulas de socialização e treino, certificando-se que os métodos de ensino se baseiam no reforço positivo!

sexta-feira, 15 de março de 2019

Vacinas no cão e no gato. Porquê, quais e quando fazer?


As vacinas são o meio mais seguro para protegermos as nossas mascotes contra doenças infecciosas. Devem ser administradas apenas em animais saudáveis, sendo muito importante a realização de uma consulta aquando da vacina.
Os recém nascidos recebem da mãe anticorpos (garantidamente se as progenitoras forem vacinadas) que os protegem contra algumas doenças mas, a partir do desmame, essa proteção vai diminuindo e acaba por desaparecer completamente durante os primeiros meses de vida. É por isso importantíssimo que vacinemos os nossos animais de companhia seguindo à risca os protocolos recomendados.   
No cachorro, por norma, a primeira dose vacinal deve ser feita a partir das 6 semanas de idade e é fundamental que contemple a proteção contra a esgana e a parvorirose, sendo depois reforçada passadas 3 a 4 semanas. Nessa altura a vacina terá, adicionalmente, novos componentes (contra hepatite, leptospirose e parainfluenza) e tem de ser reforçada passadas novamente 3 a 4 semanas.
Dentro do protocolo vacinal básico, é administrada ainda a vacina antirrábica que é obrigatória e necessita de um primeiro reforço anual. A imposição da lei portuguesa foi alterada e a validade da vacina varia de acordo com o laboratório que a produz, podendo chegar aos 3 anos.
Aos 6 meses o cachorro deve ainda ser vacinado contra a leishmaniose, em particular se reside em zonas de elevado risco como Viseu. 
Existem ainda outras vacinas que, consoante as raças, estilo de vida, estado fisiológico ou de doença  crónica, podem ser altamente recomendadas.
Após os protocolos iniciais, os cães devem ser revacinados anualmente.
Os gatinhos devem ser vacinados a partir das 8 semanas de idade, contra calicivírus, panleucopénia e herpesvírus felinos, realizando um reforço 3 a 4 semanas depois. 
Após este reforço, deve ser feito o rastreio dos vírus da imunodeficiência e da leucemia felinas. Se forem negativos para a leucemia e se houver possibilidade de acesso ao exterior, os gatos deverão ainda ser vacinados contra esta doença e fazer um reforço 3 semanas depois. 

Recomendam-se revacinações anuais para todos os gatos.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Risco tóxico! Chegou a época da “lagarta do pinheiro”

Todos os anos pela altura da primavera, mas cada vez mais cedo, nos surgem casos (alguns bem graves) de animais doentes por terem contactado com este inseto altamente tóxico. 

A processionária, como é vulgarmente conhecido este inseto, é responsável por elevada mobilidade, podendo mesmo causar a morte dos nossos animais de companhia.
O seu potencial tóxico é enorme, uma vez que estas lagartas estão revestidas por uma vasta camada de espículas urticantes de elevado potencial alérgico para animais e Homem.

Como identificar uma zona de risco?

A observação dos seus ninhos, principalmente em pinheiros e com a chegada dos primeiros dias amenos do ano, é altamente sugestiva do começo da descida destas lagartas até ao solo, deslocando-se como que em procissão. De imediato devemos retirar os nossos animais de companhia destes locais, pois o simples contacto com as espículas da processionária deixadas nos seus carreiros, pode originar forte irritação. 

Qual a espécie mais afetada?

O cão, movido pela sua curiosidade natural, frequentemente é a espécie mais afetada, que cheirando e abocanhando as lagartas do pinheiro, chega mesmo a ingeri-las. Por este motivo os lábios, a mucosa oral e a língua, são as partes do corpo que mais lesões apresentam. 

Os sinais clínicos mais frequentes são:

-Edema da face e língua, ptialismo (salivação excessiva), disfagia (dificuldade em engolir), falta de apetite, dificuldade na preensão dos alimentos, intenso prurido na face, vómito, apatia, porções da língua com coloração castanha, azulada a negra.

O que fazer em caso de contacto com esta lagarta?

Se desconfiar que a sua mascote pode ter contactado com esta lagarta, ou o rasto dela, deve de imediato seguir para o veterinário e lavar com água fria as zonas de contacto.