quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Risco tóxico! Chegou a época da “lagarta do pinheiro”

Todos os anos pela altura da primavera, mas cada vez mais cedo, nos surgem casos (alguns bem graves) de animais doentes por terem contactado com este inseto altamente tóxico. 

A processionária, como é vulgarmente conhecido este inseto, é responsável por elevada mobilidade, podendo mesmo causar a morte dos nossos animais de companhia.
O seu potencial tóxico é enorme, uma vez que estas lagartas estão revestidas por uma vasta camada de espículas urticantes de elevado potencial alérgico para animais e Homem.

Como identificar uma zona de risco?

A observação dos seus ninhos, principalmente em pinheiros e com a chegada dos primeiros dias amenos do ano, é altamente sugestiva do começo da descida destas lagartas até ao solo, deslocando-se como que em procissão. De imediato devemos retirar os nossos animais de companhia destes locais, pois o simples contacto com as espículas da processionária deixadas nos seus carreiros, pode originar forte irritação. 

Qual a espécie mais afetada?

O cão, movido pela sua curiosidade natural, frequentemente é a espécie mais afetada, que cheirando e abocanhando as lagartas do pinheiro, chega mesmo a ingeri-las. Por este motivo os lábios, a mucosa oral e a língua, são as partes do corpo que mais lesões apresentam. 

Os sinais clínicos mais frequentes são:

-Edema da face e língua, ptialismo (salivação excessiva), disfagia (dificuldade em engolir), falta de apetite, dificuldade na preensão dos alimentos, intenso prurido na face, vómito, apatia, porções da língua com coloração castanha, azulada a negra.

O que fazer em caso de contacto com esta lagarta?

Se desconfiar que a sua mascote pode ter contactado com esta lagarta, ou o rasto dela, deve de imediato seguir para o veterinário e lavar com água fria as zonas de contacto. 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Bem-estar felino, dúvidas frequentes…

As consultas com gatos têm vindo a aumentar e não são poucas as vezes em que há desconhecimento, nomeadamente de princípios básicos no que respeita ao bem-estar felino.

Como deve estar organizado o seu habitat? Como e o que comunica? Qual é a alimentação mais adequada? São algumas das dúvidas que podem dar origem a desequilíbrios e até a doenças.

O gato gosta do seu território bem organizado: zona das refeições bem separada da caixa de areia, local para beber à parte e de preferencia em materiais que não o plástico. Deve ter um local tranquilo para descansar e uma zona de lazer com arranhador, esconderijos e objetos que estimulem brincadeiras.

No que toca a comunicar, o gato é muito expressivo: desde diferentes posturas corporais (ex: rebolar no chão quando vê o tutor significa submissão; agitar vigorosamente a cauda indica irritação); posturas da cabeça (ex: orelhas levantadas e viradas para os lados com olhos semicerrados diz-nos que está zangado, por outro lado, olhos arredondados com orelhas eretas e abertas para a frente, é sinónimo de gato calmo). Comunica muito também com sons (ex: ronronar nem sempre quer dizer que está bem, pois pode indicar apenas submissão e até pode estar com dor, tem também diferentes tipos de miar que tanto podem indicar queixa, pedido ou recusa). Usa ainda a marcação territorial com fezes e principalmente urina (a esterilização precoce evita este comportamento), arranhadelas, feromonas, como forma de manifestar a sua presença em diversos contextos (maior ou menor ansiedade, emoção excessiva, simples aceitação/integração relacionada com o seu bem-estar, etc.).

Quanto à alimentação, atualmente está recomendado alimento comercial de elevada qualidade, estritamente para esta espécie e que respeita as diferentes fases da vida do gato (crescimento, adulto, adulto esterilizado, sénior, e ainda alimento para situações de doença). O gato deverá fazer pequenas refeições ao longo do dia, respeitando a dose total diária recomendada por cada marca. Muito importante também será ter sempre água fresca à disposição.


Recomendo cada vez mais uma consulta ao veterinário idealmente antes ou logo que adquire este magnífico companheiro, pois as particularidades desta espécie são mesmo muitas!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Animais de companhia e novas realidades…

Os animais de companhia, em particular os mais representativos (cão e gato) são seres senciêntes, ou seja, percecionam  o que os rodeia sendo capazes de ter sensações e sentimentos de forma consciente. Envolvem-nos num misto de respeito, admiração e vínculos emocionais, a ponto de fazerem parte da família. Será porventura este o principal motor de tanta investigação sobre a saúde e o bem-estar destes apaixonantes companheiros e muito se tem evoluído! 

As preocupações de hoje em dia com o “novo” membro da família, trouxeram-nos rotinas impensáveis até há bem pouco tempo.
Idas frequentes ao veterinário, procura de escolas de educação e treino, hotéis, ATL ou creches, fazem parte das preocupações do tutor da atualidade. 
Há já quem saia para o trabalho e deixe a mascote em ATL ou na creches, a par de deixar os filhos na escola. 
Chegado o fim do dia, a rotina de volta a casa não acaba sem ter de ir apanhar o “Leão” ao ATL, ou pelo contrário, ainda é preenchida com uma ida deste ao treino ou à fisioterapia.

O valor que é atribuído ao conforto e educação do animal de companhia é cada vez maior, sendo que o interesse pelos cuidados de saúde a nível da medicina preventiva acompanha, em particular, a nova geração de tutores. 

Há cada vez mais procura do melhor para a mascote! 

A nutrição de topo, os melhores programas vacinais e outras proteções como sejam desparasitantes de vanguarda, a procura de locais para esterilizar segundo o melhor padrão de qualidade, assim como a solicitação de check ups de saúde de rotina ou cuidados de grooming especializados, são uma realidade cada vez mais presente. 

A acompanhar este fenómeno, surgem também mais e melhores respostas a todos os níveis. Por conseguinte, não é de estranhar que comecem a aparecer, finalmente, os tão desejados e altamente recomendados bons seguros de saúde animal!