quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Animais dentro de casa e na rua… que cuidados?

São mesmo muitos os animais de companhia que coabitam connosco em Portugal, estimam-se em 6,3 milhões! 
Quer se goste ou não é uma realidade que temos de encarar e procurar viver todos em harmonia.
Do lado de quem gosta, é muito importante proporcionar condições de vida digna (cuidados de saúde e bem-estar) à mascote que elegeu como companheira, assim como respeitar quem optou por não ter animais de companhia (os motivos podem ser muitos, que não forçosamente não gostar de animais). 
Dadas as atuas exigências legais e morais (não esquecer que se evoluiu muito, ao ponto de sabermos que o cão e o gato —animais de companhia mais representativos— são seres sencientes e por conseguinte capazes de sentir sentimentos e sensações) é de esperar que o tutor/cuidador de hoje seja muito mais atento ao bem-estar animal, preocupando-se, para além dos cuidados de saúde básicos (desparasitação, vacinação, nutrição,…), também com a esterilização, educação, treino, enriquecimento ambiental de acordo com as características da espécie eleita.
Acontece que estes cuidados vêm de encontro a uma coabitação mais saudável e feliz no lar, no prédio, na rua, enfim, na sociedade… De todos os cuidados expostos, a esterilização ou castração é talvez aquele gera mais dúvidas. Para além de estar provado que esta condição prolonga a vida das mascotes, é importante também como meio de favorecer uma previsibilidade comportamental, que não estará dependente da libido de cada um, diminuindo ou evitando marcações de território, vocalizações muito frequentes em épocas de cio, ansiedade e até agressividade. 

No caso de ter escolhido o cão como companheiro, não se esqueça da importância deste vir à rua desde cedo, de modo a socializar e ficar bem integrado na comunidade. Seja esmerado nos cuidados com a limpeza dos dejetos e não se esqueça de fazer uma boa associação à trela e açaimo (em particular se tiver um cão de raça perigosa ou potencialmente perigosa). Assim será mais fácil sermos todos bem aceites (animais de companhia e nós que gostamos e os podemos ter) por aqueles que não gostam, mas não maltratam, ou que simplesmente não podem ter a companhia destes maravilhosos seres!

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Ter um animal de companhia exige muito mais do que as obrigações legais…

Vem de há muito, a relação entre o Homem e o animal de companhia. 
Têm surgido cada vez mais estudos que colocam, atualmente, esta relação no patamar dos afetos, provando que os animais de companhia nos trazem benefícios fisiológicos, psicológicos e sociais, ajudando-nos a ser mais felizes e a ter mais saúde. Tal conhecimento implica da nossa parte maior responsabilidade  e vontade de os cuidar cada vez melhor.
Assim, para além das obrigações legais básicas dentro de Portugal e que são, atualmente, microchip nos cães e gatos e vacina da raiva em cães, com registo em boletim oficial da OMV ou em passaporte, temos o dever de proporcionar às nossas mascotes cuidados de saúde muito mais abrangentes!
Idealmente deveríamos preparar a chegada do novo elemento da família, sim, porque hoje em dia é maioritariamente esse o lugar que ocupam os animais de companhia. 
Considero muito importante começarmos por avaliar se temos condições económicas e tempo para dedicar ao novo elemento do lar. 
Depois, saber sobre as particularidades da espécie que pretendemos, ou que melhor se adequa ao nosso perfil, para irmos de encontro às condições de ambiente, rotinas e cuidados específicos que precisa.

De seguida, quando já temos o nosso eleito, a aposta na medicina preventiva será a decisão mais acertada. A importância de uma nutrição adequada (recomendo alimento processado, vulgarmente designado por “ração” e que seja de qualidade superior), planos de vacinação e desparasitação o mais completos possível, enriquecimento ambiental de acordo com a mascote selecionada, educação e treino, para além de cuidados de grooming e de higiene oral, entre outros, são pilares fundamentais para quem realmente se preocupa não só com o bem-estar da mascote, mas também de toda a família e comunidade.