quinta-feira, 18 de julho de 2019

Alerta obesidade!



Sabia que a obesidade está entre as doenças que mais afetam os nossos animais de companhia, nomeadamente o cão?

Investigação recente coloca a obesidade, as doenças dentárias e a osteoartrite como as três patologias que mais tempo duram e abalam o bem-estar dos cães
Esses estudos, realizados por investigadores do Royal Veterinary College, das Universidades de Cambridge e de Leeds, estão também de acordo com a casuística mais prevalente do Grupo HVV nos últimos 5 anos.

São cada vez mais os casos de excesso de peso e obesidade que nos surgem em Viseu, Seia e Oliveira de Frades, sendo frequente aparecerem-nos à consulta mascotes com as 3 doenças em simultâneo referidas naqueles estudos.

Dentição em mau estado, nomeadamente com presença de tártaro, pressupõe muitas vezes uma má alimentação, para além da falta de cuidados específicos de higiene oral. Por sua vez uma alimentação errada, como aquela à base da nossa comida ou com alimento comercial de baixa qualidade (excesso de gordura), promove também a obesidade que irá conduzir a, ou agravar, outras patologias tais como osteoartrite, doença cardíaca, diabetes, dermatites, etc.

É alarmante esta situação, cabendo-nos o papel de sensibilizar a população para saber qual a condição corporal do seu animal de companhia, de modo a aferir se tem excesso de peso. 
Mais do que os números da balança, é importante saber avaliar entre outros parâmetros, se a mascote tem cintura e se ao inspirar lhe conseguimos perceber as costelas. Se tal não acontecer estaremos no mínimo em presença de excesso de peso! Então o que fazer?
O ideal é deslocar-se ao veterinário para uma correta avaliação do estado de saúde do seu animal de companhia e se necessário iniciar um programa de perda de peso devidamente acompanhado, onde a componente do exercício físico também deverá ser equacionada. Cuidado com os cortes na dieta habitual, pois a privação indiscriminada de alimento pode originar outras doenças. 

Por curiosidade, sabia que 500g a mais num gato equivalem a 10kg a mais num homem? 

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Nutrição, o segredo está no início

Sabe-se que as preferências alimentares de cães e gatos não são inatas. Estudos demonstram que o comportamento alimentar destas mascotes está fortemente condicionado pelas primeiras experiências nutricionais em contexto de influências sociais. 

Assim, gatos e cães irão aprender por imitação da mãe a ponto de quererem comer no comedouro desta. O mesmo acontecerá se forem colocados junto a nós, ou seja, a tendência será quererem da nossa comida o que obviamente é errado.

É muito importante que a progenitora se alimente do mesmo alimento que virá a constituir a dieta na primeira fase de desenvolvimento dos filhotes, ou seja, deverá fazer um alimento júnior de elevada qualidade. 

Este alimento deverá ser iniciado ainda durante a gestação de modo a suprir a exigência nutricional a que a gestante está sujeita e para que, no pós parto, possa produzir colostro e leite de elevada qualidade e com a palatibilidade desejada, de modo a condicionar positivamente a transição dos filhotes do desmame para o alimento comercial júnior em uso.

A primeira apresentação de alimento à mascote é determinante, pois sabe-se que o passado nutricional de cada um desempenha um papel fundamental sobre as futuras preferências alimentares, que tenderão para as primeiras memórias.

Todos conhecemos uma ou mais histórias de mascotes com alterações gastrointestinais mais ou menos graves provocadas pela ingestão de “não alimentos” para a sua espécie… Se pensarmos que para além da satisfação de fazermos uma dieta adequada à mascote, também a estamos a proteger contra considerar como alimento outras coisas que não a dieta recomendada (alimento comercial premium, vulgarmente designado por ração premium), será muito mais consistente o esforço em não diversificarmos a dieta do nosso animal de companhia e não, ele não enjoa se a “ração” é boa…