sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Temperamento do animal de companhia e adoção


Todos temos traços de personalidade (pessoas) ou temperamento (animais) que estão na nossa bagagem genética e que nos diferenciam nas respostas que damos aos mesmos estímulos. 

No caso do cão e do gato (animais de companhia mais representativos) é sabido que existem diferentes temperamentos de acordo com as raças e indivíduos e que, sob influencia de fatores ambientais, relações sociais, experiências,… em suma: aprendizagem, conduzem ao caráter de cada um. Assim, é muito importante que através de uma correta e precoce educação da mascote e tutor, se consiga o melhor caráter e subsequente comportamento mais equilibrado no animal de companhia.

Ao escolhermos uma mascote, seja ela de raça ou não, ajuda-nos alguma previsibilidade de temperamento, no sentido de melhor orientarmos a sua educação e treino (ex: raças mais territoriais ou com marcado instinto predatório vão necessitar de uma abordagem mais direcionada e possivelmente de um treino mais intenso).
É certo que algumas raças têm um padrão típico de temperamento (ex: mais calmas, meigas, ou mais ativas, …)  podendo adaptar-se melhor ou pior ao nosso estilo de vida, mas não é condição decisiva que nos impeça a sua adoção. 


À luz do conhecimento atual, eu diria que é possível termos a mascote com que sempre sonhamos (inclusive aquela que espera adoção nos refúgios de acolhimento) se seguirmos normas básicas de educação, ministradas por profissionais devidamente credenciados, onde se valorizam uma correta socialização e o treino com recurso a técnicas que apenas usam reforço positivo e repudiam qualquer uso de força (por medo também se pode aprender, mas não se estreitam laços de confiança e predispõe-se à ansiedade que facilmente pode escalar a agressividade…).

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Por uma vida mais longa e feliz

É um facto o aumento da esperança média de vida também nos nossos animais de companhia.

Contribuem para uma vida mais longa e feliz:

- Adequada nutrição (boa alimentação com eventual suplementação, de acordo com as diferentes fases da vida);
- Medicina preventiva bem aplicada (desparasitações e vacinas em dia, check ups de saúde frequentes);
- Bem-estar animal promovido também com passeios e socialização diários, cuidados de grooming (escovagem, banhos, tosquias) de acordo com as características de cada indivíduo, tempo para brincadeiras e estimulação cognitiva;

Com o avanço da idade, as nossas mascotes experimentam mudanças no corpo e mente.
Para o cão tem-se como entrada na idade geriátrica os 5 a 7 anos, de acordo com o seu porte. Sabe-se que raças mais pequenas vivem bastante mais tempo que raças gigantes. No gato a entrada na fase sénior dá-se mais tarde, dos 7 aos 11 anos.

Devemos estar atentos a:

- Oscilações de peso;
- Dificuldade na locomoção, por vezes pouco percetível e apenas suspeitamos porque “dorme” mais tempo;
- Perda de apetite e ou alterações no padrão alimentar, ex: é relativamente frequente o gato idoso ter perdas olfativas, o que está associado  a alterações no comportamento alimentar que depende muito deste sentido; também o aumento de ingestão de água a despropósito deve ser investigado;
- Aumento de períodos de doença, podendo mesmo levar a processos crónicos. De notar que idade mais avançada não é sinónimo de doença, no entanto o sistema imunitário torna-se menos apto, o que aumenta o risco a doenças, nomeadamente neoplásicas e degenerativas;
Se tivermos presente aquela comparação (nem sempre exata) de que 7 anos na nossa vida equivale a 1 ano na vida dos nossos cães e gatos, ficaremos muito mais cientes da velocidade com que todas aquelas alterações podem ocorrer! 
Assim sugiro que a partir dos 7 anos de vida (em média) dos nossos animais de companhia, estejamos ainda mais atentos e façamos visitas mais regulares ao médico veterinário.