Todos temos traços de personalidade (pessoas) ou temperamento (animais) que estão na nossa bagagem genética e que nos diferenciam nas respostas que damos aos mesmos estímulos.
No caso do cão e do gato (animais de companhia mais representativos) é sabido que existem diferentes temperamentos de acordo com as raças e indivíduos e que, sob influencia de fatores ambientais, relações sociais, experiências,… em suma: aprendizagem, conduzem ao caráter de cada um. Assim, é muito importante que através de uma correta e precoce educação da mascote e tutor, se consiga o melhor caráter e subsequente comportamento mais equilibrado no animal de companhia.
Ao escolhermos uma mascote, seja ela de raça ou não, ajuda-nos alguma previsibilidade de temperamento, no sentido de melhor orientarmos a sua educação e treino (ex: raças mais territoriais ou com marcado instinto predatório vão necessitar de uma abordagem mais direcionada e possivelmente de um treino mais intenso).
É certo que algumas raças têm um padrão típico de temperamento (ex: mais calmas, meigas, ou mais ativas, …) podendo adaptar-se melhor ou pior ao nosso estilo de vida, mas não é condição decisiva que nos impeça a sua adoção.
À luz do conhecimento atual, eu diria que é possível termos a mascote com que sempre sonhamos (inclusive aquela que espera adoção nos refúgios de acolhimento) se seguirmos normas básicas de educação, ministradas por profissionais devidamente credenciados, onde se valorizam uma correta socialização e o treino com recurso a técnicas que apenas usam reforço positivo e repudiam qualquer uso de força (por medo também se pode aprender, mas não se estreitam laços de confiança e predispõe-se à ansiedade que facilmente pode escalar a agressividade…).