quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Sinais de alerta nos animais, pós incêndio

Nos locais por onde me desloco habitualmente em trabalho, Oliveira de Frades, Viseu e Seia, o cenário é desolador… “Há quilómetros e quilómetros onde está tudo queimado!”

Compreendo que seja difícil nesta altura olhar com mais atenção para os nossos animais de companhia, mas constatei mais uma vez o quanto gostamos deles. 
Como muitos, na hora dos incêndios tive a minha casa em perigo…Dei comigo em extrema aflição, também pela minha gata Mariazinha que estava fechada no interior da casa. Felizmente, “Devemos ter tido ali um Anjo Bom…”, a casa não ardeu, “Muito agradeço também a vizinhos e irmãos!” e a minha gatinha está sã e salva. O mesmo não posso dizer dos animais com queimaduras que nos chegaram ao Polo Veterinário de Seia e ao Hospital em Viseu, assim como imagens e relatos emocionados da existência de muitos animais mortos.

É certo que há prioridades e se não nos cuidarmos não seremos capazes de cuidar dos mais indefesos, mas deixo alguns sinais que, no meio desta triste azáfama, podem passar despercebidos e que indicam que os nossos queridos animais podem precisar de ajuda, podendo ser reveladores de lesões ainda resultantes dos incêndios:

-Passar mais tempo deitado ou claudicar (queimaduras nas almofadas plantares);

-Tosse (alterações pulmonares pela inalação de fumo);

-Coçar ou lamber zonas do corpo (por baixo do pelo podem estar ferimentos escondidos resultantes de queimaduras);

-Conjuntivites e outras alterações oculares (contacto com fumo, calor excessivo, cinzas);

-Presença de odor estranho (ferimentos infetados não imediatamente visíveis);

-Perda de apetite (infeção que se pode ter instalado por inalação de fumos, queimaduras escondidas,…);


-Agitação e/ou manifestação exagerada de medo principalmente perante lume ou calor.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Como prolongar a vida da mascote?



1.   É fundamental respeitar e promover os comportamentos típicos (etograma) de cada espécie melhorando o seu bem-estar. Ex se temos um gato devemos incentivar as suas hipotéticas caçadas, a sua necessidade de arranhar, o seu gosto por trepar; se temos um cão é importante que explore o meio envolvente e se habitue desde cedo a interagir de forma positiva com tudo o que o rodeia. É recomendável a prática de exercício regular e se possível, depois de idealmente ter frequentado em cachorro uma Puppy Class, deveria frequentar treinos de estimulação cognitiva, onde são promovidas atividades desde resolução de problemas simples, novas aprendizagens, até repetições de comportamentos um pouco esquecidos;
2.  Promova uma alimentação o mais adequada possível, não só à espécie como também à raça, à faixa etária e ao estado fisiológico ou patológico (há doenças que se controlam com alimento terapêutico). Uma boa nutrição contribui decisivamente para manter o peso ideal que é vital para uma vida mais longa e com qualidade;
3. Mantenha atualizados os planos vacinais e de desparasitação durante toda a vida. Atenção ao erro que ainda vou ouvindo, felizmente cada vez menos, que com idade já não é preciso vacinar… Não esquecer que o envelhecimento provoca redução da capacidade de manter a homeostasia corporal, aumentando a predisposição a doenças;
4.   Esterilize precocemente. Sabe-se que a esterilização nas fêmeas, logo antes do primeiro cio ou no máximo até aos dois anos de idade, acarreta benefícios prolongando a vida;

5.   Faça check up de saúde com regularidade, pelo menos uma vez por ano. A avaliação mais detalhada de determinados orgãos nomeadamente fígado, rim e coração pode antecipar cuidados mais direcionados. A vigilância da pele e pelagem, da cavidade oral, da condição corporal entre outras, fazem parte das monitorizações  rotineiras para uma vida mais longa e feliz dos nossos animais de companhia.