sexta-feira, 26 de abril de 2019

Comportamento do cão


O que fazer quando o meu cão se torna agressivo na minha presença?

Não são poucas as vezes em que nos deparamos com o nosso cão a mostrar sinais de agressividade (ladrar intensamente, rosnar e até tentar morder) a quem se aproxima, seja a outros cães ou a pessoas, principalmente quando está junto a nós. 

O cão tende a proteger os recursos que considera importantes. O seu território, o alimento, o local preferido de descanso, um brinquedo, o seu tutor, … podem ser recursos valiosíssimos! 

Consoante o temperamento do nosso cão (mais confiante ou mais submisso—também denominado apaziguador) podemos ter manifestações mais ou menos preocupantes. Se ele é muito confiante devemos evitar entrar em choque, podendo a castração levar a uma atenuação da agressividade ou mesmo eliminá-la. 
É também um erro clássico, na presença de conflito entre cães, repreendermos o agressor afagando o agredido… Tal atitude só vai escalar a agressividade não permitindo que a paz seja alcançada pelo estabelecimento duma hierarquia estável. Se os cães tiverem oportunidade de manifestar o seu padrão de comportamentos ritualizados de dominância e submissão perante o recurso que despoletou o conflito, por norma resolvem-no na perfeição. Tanto mais rápido e sem consequências de maior tal acontecerá, se formos nós o recurso disputado e nos afastarmos.
No caso de agressividade dirigida a pessoas, que muitas vezes entram em pânico exibindo atitudes percecionadas pelo cão como desafiantes reforçando ainda mais a sua ação agonista, devemos segurar bem o cão, sem o repreender, acalmar o potencial agredido dizendo-lhe que ignore e não olhe o cão nos olhos nem comece a correr. Não esquecer o uso de açaimo que pode facilmente ser bem tolerado se associado a passeios e biscoitos próprios para mais intenso reforço positivo!

Existem ainda muitas outras estratégias… O ideal será consultar o veterinário mais ligado ao comportamento animal que, desde o aconselhamento ou não da castração; à alteração de rotinas e atitudes nossas; à instituição de uma alimentação/suplementação ou até mesmo medicação; assim como recurso a treinos específicos, fará a melhor abordagem ao problema.

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Higiene oral na mascote, teste os seus conhecimentos…

-Acha que as alterações dentárias fazem parte do processo de envelhecimento, não requerendo cuidados?  
-O mau hálito é normal?
-Engolir o alimento seco  sem trincar é normal?
-Uma endocardite, ou uma infeção renal pode ter como causa alterações na cavidade oral?
-As mascotes devem ter cuidados de higiene oral, mas só quando nascem os dentes definitivos?
Mais perguntas poderia colocar, pois continuamos a detetar muito desconhecimento nesta área (estima-se que cerca de 80% dos cães e 70% dos gatos com mais de 3 anos, tenham sintomatologia de doença da cavidade oral).
É certo que com a idade a dentição vai sofrendo desgaste e diversas agressões (alimentação inadequada, roer objetos impróprios, …) mas “deixar andar assim” não é solução. Existem cuidados específicos que podemos instituir e que vão contribuir para uma melhor saúde oral.

Sinais de alarme a que devemos estar atentos e que não são de modo algum normais:
-Mau hálito;
-Alterações na cor dentária;
-Tártaro;
-Gengivite (gengivas muito vermelhas, proliferativas ou sangrentas);
-Dirigir-se ao alimento e recusar comer com hipersalivação muitas vezes associada, ou engolir o alimento sem uma única “trincadela”;
-Dentes de leite retidos, má oclusão ou perda de peças dentárias que não as de leite;
É de tal modo importante que vigiemos a cavidade oral das mascotes, que podemos inclusive ter doenças noutros órgãos tais como coração e rins, cuja causa está numa “boca doente” muitas vezes já com doença periodontal!

A prevenção é importantíssima e passa por habituar desde cedo, assim que surgem os dentes de leite, a manusear a cavidade oral com procedimentos de escovagem que mais tarde, na dentição definitiva, poderão ser decisivos para uma boa higiene oral. Devemos apresentar alimento seco pois o atrito da mastigação ajuda, através da ação mecânica, a manter uma boca sã assim como contribuem também snacks e brinquedos específicos para este fim. Existem ainda pastas dentífricas, para as mascotes, com ação enzimática que promove uma escovagem mais eficaz. 
Não esquecer de ir ao veterinário com regularidade que, para além de outros cuidados, na presença de tártaro fará uma destartarização, devolvendo à mascote a saúde oral que tanto merece.


segunda-feira, 1 de abril de 2019

10 Conselhos para ir à rua com o seu cão

Certifique-se que tem as vacinas e desparasitações em dia e faça-se acompanhar do boletim sanitário da sua mascote;

Use sempre trela curta e açaimo, este último caso saiba que o seu cão pode morder, ou seja de raça perigosa ou potencialmente perigosa;

Leve sacos para apanhar eventuais dejetos do seu cão e para oferecer a quem se tenha esquecido…;

Evite sair nas alturas mais quentes do dia e não circule por cima de pavimentos sobreaquecidos;

Se optar por sair à noite, prefira peitorais e trelas com aplicações refletoras;

Eleja trajetos com pontos de água potável ou leve-a para ir hidratando e refrescando a sua mascote;

Mesmo estando junto a si, esteja sempre atento ao que o rodeia. Restos de comida, sinalética a indicar perigo por aplicação recente de produtos tóxicos, outros animais que podem representar perigo—ex: lagartas dos pinheiros ou cães agressivos —, etc, podem causar lesões graves ao seu cão!

Se a condição física do seu cão permitir, faça passeios com alguma duração (mínimo 20 minutos), de modo a satisfazer o gasto de energia que ele precisa, em particular se vive confinado (apartamento ou vivenda sem acesso a jardim);

Quando em passeio evite dar puxões na trela sempre que o quiser contrariar. É preferível parar e manter a trela tensa, sem puxar, redirecionando a atenção da mascote. Como sugestão, leve algo escondido que o seu cão goste (biscoito de recompensa, brinquedo) e apresente-lhe a “surpresa” quando precisar de cativar a sua atenção;

10º Por último, que poderia bem vir em primeiro, insista em programas/aulas de socialização e treino, certificando-se que os métodos de ensino se baseiam no reforço positivo!