terça-feira, 21 de novembro de 2017

Que fazer quando vemos um animal perdido?

Provavelmente devido aos incêndios (ou não…), em que muitos animais se perderam, continuamos a receber comunicações e pedidos de ajuda a animais, inclusive recém nascidos, supostamente perdidos.
É impossível ficarmos indiferentes a estas situações, mas nem sempre atuamos da maneira mais correta… 
É importante abordarmos estes animais com todo o cuidado e segurança, pois muitas vezes estão em pânico podendo o seu comportamento não ser o mais amistoso.
Se tivermos mesmo de contactar com eles (por ex para os afastar da via pública) podemos usar uma manta ou toalha para os envolver, tornando a aproximação mais confortável e segura. 
Por muito que nos apeteça levá-los para casa, este não é o procedimento mais indicado. Devemos acionar as autoridades locais (Câmaras Municipais, GNR) e até mesmo nacionais como o SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente).
Existem leis e entidades responsáveis pela proteção destes animais. Enquanto se for vivendo da caridade e boa vontade de alguns, outros acomodam-se…
Isto de acolher e cuidar cada animal que se encontra, fazer peditórios, “postar” em redes sociais fotografias para adoção de forma avulsa mas sempre generosa e voluntariosa é de louvar, mas não pressiona a tutela a fazer o seu trabalho que seria ir de imediato resgatar esses animais, os acolher condignamente (lembro a obrigatoriedade de todos os municípios terem o seu Centro de Recolha Oficial de Animais devidamente equipado), verificar se têm microchip e ao mesmo tempo investigar a possibilidade de abandono, tendo mão pesada para os infratores.
Se entretanto não fossem localizados os respetivos tutores, então, em interação com os mais diversos promotores do bem-estar animal locais e nacionais (Centros de Atendimento Médico Veterinário, Associações ligadas ao mundo do animal de companhia, população em geral), seriam divulgados oficialmente os animais para adoção e de forma criteriosa selecionados os potenciais adotantes. 

É um dever e um direito exigirmos que se apliquem as leis e o sistema funcione! Enquanto isso cá vamos todos improvisando as ajudas o melhor que podemos…

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Decidir pela cirurgia de esterilização?

Não é fácil decidir pela cirurgia de esterilização para o nosso animal de companhia. 
Sendo considerado para muitos como um elemento da família, há uma inevitável relação de afetividade que nos impele a proteger, evitando todos os hipotéticos sofrimentos. 
Tendo em conta que a palavra “cirurgia” traz consigo uma carga negativa, é fácil compreender alguma resistência dos tutores a sujeitarem o seu animal de companhia a uma orquiectomia (machos) ou a uma ovariohisterectomia (fêmeas), mas posso assegurar que hoje em dia, tendo o cuidado de escolher bem o local (com bloco cirúrgico dedicado, equipa experiente, consulta pré cirúrgica onde tudo seja bem avaliado e explicado) este tipo de intervenção é feita com muito cuidado e rigor, mas sobretudo com muito respeito pelo bem-estar animal, sendo espantosa a atitude de conforto pré e pós cirúrgica dos animais intervencionados. 

É certo que gostamos das nossas mascotes e queremos que sejam felizes.  Para tal, entre outros cuidados básicos de saúde e se não pretendemos que deixem descendência, a esterilização é altamente recomendável.
O controlo da natalidade é apenas um dos muitos benefícios que a esterilização induz. Vejamos mais: 

-Aumenta a esperança média de vida;

-Diminui a probabilidade de aparecimento de alguns tumores e doenças relacionados com os orgãos sexuais e hormonodependentes; 

-Diminui o comportamento territorial (marcação e confronto entre machos principalmente);

-Diminui levando ao desaparecimento da líbido, prevenindo fugas e comportamentos de risco;

-De um modo geral aumenta a estabilidade emocional uma vez que anula variações hormonais ligadas ao sexo;


-É constatada maior frequência de concentração na aprendizagem e na demonstração de conhecimentos.