Provavelmente devido aos incêndios (ou não…), em que muitos animais se perderam, continuamos a receber comunicações e pedidos de ajuda a animais, inclusive recém nascidos, supostamente perdidos.
É impossível ficarmos indiferentes a estas situações, mas nem sempre atuamos da maneira mais correta…
É importante abordarmos estes animais com todo o cuidado e segurança, pois muitas vezes estão em pânico podendo o seu comportamento não ser o mais amistoso.
Se tivermos mesmo de contactar com eles (por ex para os afastar da via pública) podemos usar uma manta ou toalha para os envolver, tornando a aproximação mais confortável e segura.
Por muito que nos apeteça levá-los para casa, este não é o procedimento mais indicado. Devemos acionar as autoridades locais (Câmaras Municipais, GNR) e até mesmo nacionais como o SEPNA (Serviço de Proteção da Natureza e Ambiente).
Existem leis e entidades responsáveis pela proteção destes animais. Enquanto se for vivendo da caridade e boa vontade de alguns, outros acomodam-se…
Isto de acolher e cuidar cada animal que se encontra, fazer peditórios, “postar” em redes sociais fotografias para adoção de forma avulsa mas sempre generosa e voluntariosa é de louvar, mas não pressiona a tutela a fazer o seu trabalho que seria ir de imediato resgatar esses animais, os acolher condignamente (lembro a obrigatoriedade de todos os municípios terem o seu Centro de Recolha Oficial de Animais devidamente equipado), verificar se têm microchip e ao mesmo tempo investigar a possibilidade de abandono, tendo mão pesada para os infratores.
Se entretanto não fossem localizados os respetivos tutores, então, em interação com os mais diversos promotores do bem-estar animal locais e nacionais (Centros de Atendimento Médico Veterinário, Associações ligadas ao mundo do animal de companhia, população em geral), seriam divulgados oficialmente os animais para adoção e de forma criteriosa selecionados os potenciais adotantes.
É um dever e um direito exigirmos que se apliquem as leis e o sistema funcione! Enquanto isso cá vamos todos improvisando as ajudas o melhor que podemos…
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