Não é fácil decidir pela cirurgia de esterilização para o nosso animal de companhia.
Sendo considerado para muitos como um elemento da família, há uma inevitável relação de afetividade que nos impele a proteger, evitando todos os hipotéticos sofrimentos.
Tendo em conta que a palavra “cirurgia” traz consigo uma carga negativa, é fácil compreender alguma resistência dos tutores a sujeitarem o seu animal de companhia a uma orquiectomia (machos) ou a uma ovariohisterectomia (fêmeas), mas posso assegurar que hoje em dia, tendo o cuidado de escolher bem o local (com bloco cirúrgico dedicado, equipa experiente, consulta pré cirúrgica onde tudo seja bem avaliado e explicado) este tipo de intervenção é feita com muito cuidado e rigor, mas sobretudo com muito respeito pelo bem-estar animal, sendo espantosa a atitude de conforto pré e pós cirúrgica dos animais intervencionados.
É certo que gostamos das nossas mascotes e queremos que sejam felizes. Para tal, entre outros cuidados básicos de saúde e se não pretendemos que deixem descendência, a esterilização é altamente recomendável.
O controlo da natalidade é apenas um dos muitos benefícios que a esterilização induz. Vejamos mais:
-Aumenta a esperança média de vida;
-Diminui a probabilidade de aparecimento de alguns tumores e doenças relacionados com os orgãos sexuais e hormonodependentes;
-Diminui o comportamento territorial (marcação e confronto entre machos principalmente);
-Diminui levando ao desaparecimento da líbido, prevenindo fugas e comportamentos de risco;
-De um modo geral aumenta a estabilidade emocional uma vez que anula variações hormonais ligadas ao sexo;
-É constatada maior frequência de concentração na aprendizagem e na demonstração de conhecimentos.
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