Sabe-se que as preferências alimentares de cães e gatos não são inatas. Estudos demonstram que o comportamento alimentar destas mascotes está fortemente condicionado pelas primeiras experiências nutricionais em contexto de influências sociais.
Assim, gatos e cães irão aprender por imitação da mãe a ponto de quererem comer no comedouro desta. O mesmo acontecerá se forem colocados junto a nós, ou seja, a tendência será quererem da nossa comida o que obviamente é errado.
É muito importante que a progenitora se alimente do mesmo alimento que virá a constituir a dieta na primeira fase de desenvolvimento dos filhotes, ou seja, deverá fazer um alimento júnior de elevada qualidade.
Este alimento deverá ser iniciado ainda durante a gestação de modo a suprir a exigência nutricional a que a gestante está sujeita e para que, no pós parto, possa produzir colostro e leite de elevada qualidade e com a palatibilidade desejada, de modo a condicionar positivamente a transição dos filhotes do desmame para o alimento comercial júnior em uso.
A primeira apresentação de alimento à mascote é determinante, pois sabe-se que o passado nutricional de cada um desempenha um papel fundamental sobre as futuras preferências alimentares, que tenderão para as primeiras memórias.
Todos conhecemos uma ou mais histórias de mascotes com alterações gastrointestinais mais ou menos graves provocadas pela ingestão de “não alimentos” para a sua espécie… Se pensarmos que para além da satisfação de fazermos uma dieta adequada à mascote, também a estamos a proteger contra considerar como alimento outras coisas que não a dieta recomendada (alimento comercial premium, vulgarmente designado por ração premium), será muito mais consistente o esforço em não diversificarmos a dieta do nosso animal de companhia e não, ele não enjoa se a “ração” é boa…
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