Estudos relativamente recentes demonstram que a teoria do “cão agressivo por dominância” está errada!
A ideia de que o nosso cão quer “mandar lá em casa” cai por terra quando se prova que nem nos lobos (de onde o cão descende e se fazem analogias comportamentais) isso acontece, tal como não acontece em cães assilvestrados (errantes ou vulgarmente chamados “vadios”).
O cão apenas mostra preferencia por determinado recurso (comida, tutor, sofá, objeto, …) e “graças” à nossa ideia pré concebida de que “ele já está a caminho de concretizar o seu plano de líder”, vamos agir coercivamente e “mostrar-lhe quem é que manda”.
É claro que começamos logo mal. O risco de provocarmos medo ou ansiedade é muito alto, o que poderá potenciar comportamentos verdadeiramente indesejados comprometendo o bem-estar de todos.
É muito importante perceber desde cedo como pensa e age o cão. Engane-se quem pensa que o cão nos vê como mais um da matilha e nunca assuma que ele pensa como nós. “Eles não têm maldade, não fazem nada para se vingarem e muito menos estão interessados em serem os chefes lá de casa”.
Por muito que ao ler este texto tenda a pensar o contrário, pois há todo um peso cultural erradamente instituído e cultivado por programas televisivos, literatura que ainda circula e treinadores menos atualizados, pode ter a certeza que se temos agressividade no nosso cão, não será recorrendo a técnicas coercivas que a vamos anular.
À partida (ainda sem problemas comportamentos) há de facto cães mais ou menos confiantes e cães mais menos educados.
O grande problemas somos nós, seres humanos, que tentamos educar sem termos adequada formação, podendo mesmo induzir problemas em vez de soluções, sendo que o ideal é fazermos uma boa prevenção.
Recomendo mais uma vez a frequência de locais onde se ensina recorrendo a técnicas de reforço positivo e onde a metodologia de trabalho seja clara e devidamente fundamentada.
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