quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Sinais de stress no gato

De há alguns anos para cá, por múltiplos motivos, o gato tem sido cada vez mais escolhido como animal de companhia, em particular nos grandes centros urbanos. De um modo geral é  mais pequeno, “limpo”, “autónomo”, económico, ... O que é certo, é que já quase iguala o cão como animal de companhia predileto! 

O gato é uma espécie extremamente exigente!

No entanto, o gato não cedeu tanto à domesticação como o cão e tem necessidades muito especificas para estar em equilíbrio. Desde o espaço organizado à sua maneira (comida afastada da água; “wc” bem isolado e de preferência só para uso “pessoal”; local de descanso preferencialmente em altura e sossegado; ...), aos rituais de “lavagem”, “caça”, alimentação, eliminação, ... , o gato é uma espécie extremamente exigente! É pois relativamente frequente encontrarmos na consulta felinos com sinais de stress, muitas vezes já somatizando em forma de doença, que nos obrigam a um trabalho de sensibilização dos tutores, para estarem atentos a todos os subtis sinais que estes seus companheiros podem dar:


-Marcação exagerada com arranhões verticais;
-Marcação com urina (em locais inapropriados);
-Self – grooming (limpeza/lavagem) excessivo;
-Infeções/afeções urinárias, vulgarmente designadas por cistites;
-Perda de apetite (hipo ou mesmo anorexia);
-Perda excessiva de pelo (alopecia);
-Repetidos conflitos entre gatos;
-Aumento de peso significativo, chegando mesmo à obesidade;
-Vómito recorrente;
...
Muitas pessoas optam por um gato, como animal de companhia, por acharem que este não precisa tanto de atenção e cuidados. Tenhamos presente que se não oferecermos um mínimo de condições, para que o gato possa expressar os comportamentos que o mantêm saudável (comportamentos característicos do seu etograma), mais vale não embarcarmos na fascinante aventura de optar por este felino como companheiro!

 Dra. Isabel Maia
Médica Veterinária
Grupo HVV – Hospital Veterinário Viseu

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