Dada a importância, diria que vital, da celeridade no reconhecimento de sinais de algumas doenças para melhor prognóstico e até salvar vidas, hoje falo sobre dilatação/torção gástrica.
O que é e como prevenir?
Com o avanço da idade, particularmente em raças de cães de grande a gigante porte, vai havendo maior flacidez dos ligamentos de sustentação de orgãos, nomeadamente do estômago. Fazendo uma alimentação adequada (dividir em duas a dose total diária recomendada de um alimento de qualidade) e promovendo repouso após as refeições, é possível diminuir a probabilidade de ocorrência de processos de dilatação excessiva do estômago, que podem levar à sua rotação e subsequente torção.
Preventivamente está recomendada uma cirurgia que fixa o estômago à parede costal, gastropéxia.
Embora não haja uma época especifica definida para maior probabilidade de ocorrência desta severa patologia nos animais mais predispostos, podemos constatar que existem alturas de maior risco nomeadamente, épocas festivas e de frutas maduras (possibilidade de ingestão de alimentos não apropriados e com elevado potencial de fermentação).
Quais os principais sintomas?
Numa situação de dilatação iremos notar o cão inquieto com tentativas de vómito que são muitas vezes infrutíferas. Na maioria destas dilatações há produção excessiva de gás ficando o abdómen visivelmente maior.
Por vezes já encontramos o cão bastante prostrado, ofegante, com uma coloração azulada das mucosas e com a barriga bastante volumosa e timpânica ao toque (provavelmente já haverá torção).
O que fazer?
Como é um processo que compromete rapidamente a irrigação sanguínea de vários órgãos, levando a processos de isquémia e necrose, a urgência de resolução é elevadíssima, ou seja, na mínima suspeita desta situação deve dirigir-se de imediato para uma clínica ou hospital veterinários.
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