Estudos apontam para que o processo de domesticação que deu origem ao cão doméstico, Canis familiaris, tenha sido precedido por associação entre o Homo sapiens e o lobo, Canis lupus.
O Homem obteria vantagem da proximidade do lobo (ajuda na caça, proteção e defesa de território) e o lobo ficaria com as sobras de alimentos. A pele do lobo adulto serviria de agasalho e as suas crias seriam levadas para junto das crianças como brinquedos. Se em adultos mostrassem temperamento dócil, seriam mantidos, senão eram sacrificados ou devolvidos ao seu habitat.
Terá havido preferencia por animais que mantinham em adultos comportamentos de jovens, como a docilidade, dependência, atividade lúdica e facilidade em formar novos vínculos sociais, assim como características físicas de crias (corpo, cabeça e dentes pequenos).
Tenhamos presente que o atual fiel amigo apresenta comportamentos semelhantes aos do lobo cria e jovem adulto, por exemplo solicita cuidados esperando que lhe seja fornecida comida, proteção, mas também pode apresentar condutas de territorialidade, caça (muito visíveis quando corre atrás de carros, bicicletas,…) e pode até manifestar agressividade (mais em algumas raças) em particular se não for educado/treinado adequadamente.
Depois surgiram as raças por múltiplos cruzamentos orientados, acentuando muitas vezes “defeitos” tidos como desejáveis (pele enrugada, crânio achatado, desproporção entre membros e coluna, marcada territorialidade, …) que obrigam a mais cuidados e alertas.
O ideal seria o tutor estar plenamente consciente das características da mascote que escolheu, no sentido de a cuidar o melhor possível.
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