Cada vez mais nos surgem problemas comportamentais nos animais de companhia.
Não é que eles tenham começado a existir, mas sim porque há mais consciência de que não é normal “ladrar a toda a hora”, “rosnar e fugir sempre que algo novo aparece”, “atacar tudo o que mexe”, ou simplesmente não haver maneira de tolerar determinada rotina (andar de carro, andar à trela, ficar sossegado sempre que o tutor se ausenta, …).
Estudos evidenciaram que as primeiras experiências de vida e o exercício estão intimamente associados a comportamentos reveladores de ansiedade. Constatou-se que cães medrosos tinham pior socialização e menor qualidade de cuidados maternos no princípio da vida. Verificou-se também, nesses estudos, que a quantidade de exercício diário é o fator ambiental mais importante associado à sensibilidade ao ruído e à ansiedade por separação, ou seja, cães mais sensíveis a barulhos e com ansiedade por separação mais marcada, tinham feito menos atividade física diária.
Para além das terapias mais ajustadas e direcionadas a cada caso, sabemos que a promoção de exercício ajuda muito no controlo de todas as manifestações de ansiedade. Sugiro ainda, aquando da aquisição de uma mascote, que não a retiremos da mãe antes de completar dois meses de idade. Deste modo terá oportunidade de receber uma aprendizagem, com a progenitora e irmãos, que é insubstituível e geradora de competências fulcrais para que tenhamos adultos mais equilibrados. Logo que chega ao novo lar devemos promover uma correta socialização (recomendo frequência de Puppy Class).
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