Quando iniciei a minha atividade, lembro-me sobretudo do Husky; Pastor alemão; Serra da estrela; Cocker; Caniche; Doberman; mais tarde o Rotteweiler e o Pit bull, seguidos do Labrador e do Golden. Todos eles com as suas predisposições genéticas (problemas dermatológicos, osteoarticulares, imunitários, comportamentais, …).
Hoje temos em destaque as raças braquicefálicas, como o Bulldog francês, o Bulldog inglês, o Shih tzu, o Pug e o Boxer. É claro que ainda vemos muitos Labradores e Goldens, começando a aparecer bastantes Beagles. Recomendo incidir na educação e treino em todos, muito em particular nos últimos.
Chamo a atenção para as raças braquicefálicas! Alerto para os problemas de saúde que estão associados à típica conformação curta do nariz, boca, laringe e traqueia. As dificuldades respiratórias são as mais evidentes, mas também podem surgir problemas digestivos. Não quero com isto desincentivar a aquisição destas raças até porque têm, de um modo geral, um excelente caráter!
Pretendo sobretudo que os casos mais problemáticos sejam diagnosticados precocemente de modo a evitar complicações, uma vez que já é possível corrigir algumas das malformações que podem afetar estas mascotes (ex: o comprimento excessivo do palato mole é corrigido com plastia excisional, as narinas atróficas beneficiam com rinoplastia de aumento).
O tutor deve estar atento a sinais de alerta:
-Estertor respiratório intenso (ronco);
-Arfar permanente;
-Cansaço intenso, não tolerando exercício e calor;
-Dormitar frequente ao longo do dia (noites sem descanso por períodos de apneia);
-Regurgitação e vómito recorrentes.
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