quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Vai passar a ser mentira: "Educar a minha mascote? Não tenho tempo."

Todos os tutores anseiam por um comportamento exemplar (no mínimo aceitável) do seu animal de companhia. 

“Como eu gostava que ele me ouvisse!”

Não é invulgar os tutores dizerem: “Como eu gostava que ele me ouvisse!”; “Gostava tanto que ele estivesse treinado, mas não tenho tempo!”.
Bem, tal como nós a mascote gosta que o “assunto seja interessante” para prender a sua atenção, e o tempo para educar/treinar não precisa de ser muito (10 minutos por dia em momentos chave podem fazer milagres). Um “assunto interessante” tem que motivar, e esta motivação advém, tal como nós mais uma vez, da recompensa que ele pode trazer (seja ela um sorriso, um carinho, o nosso salário que para a mascote pode ser a comida, um brinquedo, um afago...). Por certo todos os dias alimentamos os nossos animais de estimação. Haverá hora mais importante para eles?

A hora da refeição da vossa mascote para lhe ensinar regras

Sim, é isso mesmo, sugiro que passem a aproveitar a hora da refeição da vossa mascote para lhe ensinar regras, por pequenas que sejam, de modo a terem garantidamente da sua parte toda a atenção e motivação para que rapidamente aprendam. Um simples “senta” ou “fica” pode fazer a diferença numa situação em que é de extrema importância a segurança, o respeito e a confiança de todos. Por condicionamento clássico pavloviano é garantida a presença e interesse do “aluno”, que mais à frente nos irá surpreender atuando já por condicionamento operante.
Quando tivermos a certeza que uma regra está bem aprendida, passamos a praticá-la noutros ambientes e com reforço positivo (no caso, a comida) intermitente, ou seja, nem sempre aparece a recompensa esperada e deste modo o comportamento desejado fixa-se e ritualiza-se ainda mais.
É claro que hoje em dia existe a possibilidade de recorrer a um Adestrador (que ensine com reforço positivo) para melhor treinar/educar a mascote, mas nada substitui os bons princípios de casa que podem e devem começar à “mesa”.

Curioso! Somos mesmo parecidos...

 Dra. Isabel Maia
Médica Veterinária
Grupo HVV – Hospital Veterinário Viseu


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