terça-feira, 24 de abril de 2018

Como atuar quando a mascote fez asneira?

Buracos no jardim, sapatos roídos, cocós onde não era suposto, tudo espalhado,… é um cenário frequente que quem tem animais de companhia, em particular cachorros, encontra ao chegar a casa.

A tendência será agir mostrando má cara e dando uma boa repreensão para que não haja próxima vez.

Ora, o nosso animal de companhia não tem desenvolvida a sua “memória semântica” e o relacionamento temporal causa/efeito é imediato, ou seja, quando lhe ralhamos: “Olha o que fizeste! Isto não se faz!” ele apenas vai ficar assustado, ou até entusiasmado com a nossa atenção, não conseguindo entender o nosso ralhete e muito menos associá-lo aos disparates que fez durante o dia.

Também não se pense, que quando ele chega perto de nós com as orelhas para trás e a cauda entre as pernas é porque sabe que fez asneira…O que acontece é que ele vai antecipar a resposta de medo ao nosso comportamento (repetido “n” vezes) e claro, como ralhamos sempre junto ao disparate, ele tende a associar que é para repetir.



Então o que fazer?

-Ignorar o sucedido e agir como se estivesse tudo bem; 
-Não limpar, compor ou arrumar na frente da mascote (também aprende por imitação, podendo entender por ex que o sapato roído é mesmo para brincar);
-Nunca usar aversivos (empurrões, puxões,…).Não deve aprender por medo, mas sim com confiança no tutor (o medo leva a ansiedade, que por sua vez pode conduzir a agressividade);
-Fazer treino de comportamentos desejáveis (sempre com reforço positivo);  
-Fazer enriquecimento ambiental de modo a promover um correto entretenimento (ex: brinquedos interativos, atividades de tempos livres);
-Promover exercício físico;
-Ter uma boa dose de paciência e ser muito persistente.   

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