Como o nome indica estes animais vão fazer-nos companhia, vão socializar connosco, com os que nos rodeiam e acompanhar-nos em muitas das nossas rotinas.
Embora tenhamos evoluído bastante nos cuidados de saúde primária, como sejam a desparasitação, a nutrição e a vacinação (esta última em risco de retrocesso, como alertei no último artigo), continuamos a ter falhas graves, em particular na área comportamental.
A Comissão Europeia apresentou recentemente uma conclusão do “Study on the welfare of dogs and cats involved in comercial practices”, onde diz que 80% dos novos tutores não estão bem informados em relação às necessidades e características da mascote que adquirem.
Dentro da comunidade veterinária é importante o aconselhamento no sentido duma consciencialização para a importância de se estar bem informado no momento da aquisição do animal de companhia. “Um aspeto fundamental que deve transmitir-se é a importância de um período de socialização e a exposição a diversos estímulos para assegurar um bom comportamento”.
Sabemos que a partir da quarta semana de vida, mas em particular depois da oitava (chegada ao novo lar) o cão está em plena fase de socialização. Esta prolonga-se em média até às 14 semanas e deve ser aproveitada ao máximo. Recomendo que este período, tão crucial para termos um cão adulto equilibrado, seja desenvolvido com base num conhecimento e técnicas de reforço positivo, sob pena de cairmos em processos de quase “inundação” de estímulos que, ao invés de marcar com naturalidade e confiança o cachorro, o pode tornar inseguro e inclusive desenvolver-lhe medos com tudo o que de negativo e até perigoso isso pode ser em adulto.
Aconselho vivamente, para além de todos os cuidados de saúde primários, a frequência de uma Puppy Class!
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